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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

DIA 10/02/2009 – A CAMINHO DE RISHIKESH – 40º DIA

















































Ainda era noite, quase amanhecendo, quando acordamos para estarmos pontualmente na ferroviária de Nova Delhi para embarcarmos para Rishikesh. Chegamos na ferroviária com um fluxo intenso de pessoas que dali partem para toda a Índia. Era 6 h 50 minutos da manhã quando embarcamos no vagão especial, com previsão de chegada na estação da cidade de Haridwar às 11:25, de onde iríamos de carro para Rishikesh, distante dali uns 25 quilômetros. Faríamos de trem um trajeto aproximado de 210 km.
Novamente uma novidade em nossa viagem. Todos na estação (foto 1), entramos no vagão e logo na saída, todos sentados em poltronas individuais, tipo as de ônibus, recebemos várias etapas de lanches, (foto 2) foi motivo de muito riso, pois mal acabávamos de fazer um lanche, logo vinha um outro.
Em horário pontual tipo o estilo britânico, chegamos em Haridwar, (foto 3) que significa Portal de Deus, no estado de Uttarakhand. Uma cidade situada na beira do Rio Ganges (o mais sagrado da Índia), onde o fluxo de devotos, principalmente shivaísta é intenso. Logo na chegada era perceptível este movimento e também por imensa estátua do Senhor Shiva – o transformador, (foto 4) guardando o Rio Ganges. Estávamos então no médio curso do sagrado Rio indiano, onde a poluição não é tão presente quanto na cidade de Varanasi ou Benares, no baixo curso do Ganges.
Todos no carro, seguimos até Rishikesh que quer dizer: cabelos dos sábios. O nome se deriva do fato de que a mitologia hindu diz que os cabelos longos são motivos de força e energia, o próprio senhor Shiva, sempre se apresenta com os cabelos longos. E durante todo o trajeto era possível ver os peregrinos (foto 5) e renunciantes com os seus cabelos longos. Avistamos também inúmeros templos e ashrams, sinal da importância da região para a crença hindu.
A região de Rishikesh é rodeada de montanhas, o que indica pela localização a norte do país, como área de contrafortes da grande cadeia montanhosa dos Himalayas, a maior de todo o mundo e onde se localizam as maiores altitudes do planeta, como exemplo a maior dela, o Monte Everest com mais de 8 mil metros de altura em relação ao nível do mar. A medida em que subíamos para Rishikesh era perceptível a diminuição da temperatura.
Rishikesh tem um bairro onde se localizam muitos dos principais templos e ashrams da Índia, neste bairro existem duas pontes suspensas sobre o rio Ganges. Trata-se da Ponte Rama Jhula e a Lakshman Jhula (Rama é uma das encarnações do Deus Vishnu – o preservador e Lakshman era o querido irmão de Rama), avistar estas pontes sobre o Ganges traz uma visão excitante para os visitantes.
Rama Jhula fica em uma parte mais baixa do bairro e a Lakshman Jhula é mais ao alto. Nosso hotel, em localização privilegiada, mas de acomodações muito simples, é próximo a esta última ponte, com visão privilegiada do Ganges, bem de frente à janela de nossos quartos (foto 6)
Almoçamos em restaurante com ambiente em tempos de high tech, com internet sem fio disponível, o que é comum pela cidade, o que mostra o grande fluxo de turistas do ocidente naquela cidade. O tempo começou a fechar, mesmo assim, algumas pessoas chegaram lá na beirinha da margem esquerda do Ganges para por os pés e as mãos nas frias águas de cor verde-esmeralda do sagrado néctar de Shiva – o transformador. (fotos 7 e 8)
Já com chuviscos, subimos morro acima e o grupo todo aportou em um Café internet muito aconchegante. A chuva caiu e com ela o frio intenso e um pôr do sol (foto 9) que convidava à introspecção e aconchego. Foi o que fizemos: entre relâmpagos e falta de energia, conversávamos, ríamos, (foto 10) comíamos e bebíamos alimentos quentinhos. Os carinhosos atendentes do bar pediram pra gravarmos músicas brasileiras e então passamos uma noite deliciosa ao som de músicas do Brasil. Era momento de dormir e torcer para que o dia amanhecesse bom. A noite foi de chuva, vento e frio intenso!

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