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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

DIA 14/02/2009 – CHEGA O FIM DE NOSSA JORNADA – 44º DIA




















Logo cedo, todos a postos, organizamos as pesadas malas para retornarmos ao Brasil. Saímos do Hotel de Nova Delhi por volta de meio dia e como última atividade passamos no Templo Bahai, (foto 1) na forma de uma flor de lótus. O Jardim e o interior do templo (foto 2) convidam à meditação. Ali fizemos nossas meditações e preces de agradecimento ao nosso tempo nesta terra sagrada.
No aeroporto de embarque doméstico de Nova Delhi (foto 3) para a cidade de Mumbai, de onde pegaríamos o avião definitivo para o Brasil. Preparando-nos para o retorno, iniciamos a vida de estresse com pagamento exorbitante de peso em excesso de nossa bagagem. Por isso, alertamos ao viajante, a Índia convida às compras de seus belos produtos. A empresa aérea utilizada por empresários é a Jet Airways, o preço de excesso de bagagem é altíssimo, talvez valha a pena utilizar outra empresa de vôo doméstico, pois dizem que o valor de excesso de bagagem é mais barato. No aeroporto despedimo-nos de nossos queridos mestres: Arjun das e Renata (foto 4), para muitos de nós e para eles... os olhos se encheram d’água.
Durante o vôo a nossa visão do último belo pôr do sol indiano (foto 5). Chegamos em Mumbai a noite, trocamos de salão de embarque do doméstico para o internacional. Novo estresse: para alguns de nós, a bagagem de duas malas com mais de 32 quilos tiveram que ser redistribuídos para evitar problemas de embarque. Tudo resolvido... então era viver a epopéia de atravessar o oceano índico, até Joanesburgo na África do Sul e de lá atravessarmos o oceano atlântico até São Paulo. Chegamos em São Paulo às 15 horas e 25 minutos de domingo, dia 15/02/2009. Nenhum problema com a alfândega, de lá nos despedimos, pois Rita (foto 6) voltaria para Salvador e Camila (foto 7) voltaria para Blumenau, e as nossas companheiras Ângela (foto 8) e Elaine (foto 9), voltariam para Belo Horizonte e o grupo de Uberlândia: Aléxia (foto 10), Anália (foto 11), Carmen (foto 12), Cleusa (foto 13), Denise (foto 14) Edilamar (foto 15), Maria Lúcia (foto 16), Marlete (foto 17), Raquel (foto 18) e eu Hudson (foto 19) ainda nos dirigimos para o Aeroporto de Gongonhas na capital Paulista, de onde voltamos para Uberlândia (foto 20) e voltamos a nos encontrar com os nossos familiares e amigos.
Assim, por enquanto, finalizamos uma jornada de conhecimento da inspiradora Terra de Mahabharata. Podemos afirmar que a Índia é uma Terra, como o Brasil, de muitos contrastes, com a diferença de que lá a maioria da população ainda se radicaliza em dirigir seu comportamento para o mundo espiritual e o emocional, enquanto que por aqui, de forma oposta, nos dirigimos para a vida material e racional. Neste sentido, o choque das culturas nos desestrutura e nos faz pensar sobre a mensagens de grandes mestres, inclusive os da Índia, que nos recobra a atenção de viver a vida de forma responsável equilibrando todos os aspectos legados de Deus: emocional, mental e espiritual, com vistas a levarmos uma vida plena vibrando com a freqüência divina de sutileza e amorosidade. É isso que esperamos ter nos abastecido durante estes 45 dias de jornada e é isso que quisemos compartilhar com vocês neste Blog.
Muito obrigado pela atenção de todos!
NAMASKAR ! (Reverenciamos em você a divindade que está em nós)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

DIA 13/02/2009 – ERA MOMENTO DE DESPEDIR DE RISHIKESH – 43º DIA






























































Acordamos em nosso penúltimo dia na Terra de Mahabharata. Pela manhã o grupo ainda percorreu as margens direita e esquerda do Rio Ganges. O dia era claro, o vento diminuía o ritmo. Novamente todos ainda foram até a área dos templos e ashrans da margem esquerda do Rio, próximo à ponte Rama Jhula. (fotos 1 e 2 ) Uma parte do grupo ainda conseguiu visitar e pegar aberto o pequeno templo onde o Swami Sivananda meditava e onde permaneceu por 10 anos em meditação. Um monge quem cuida do pequeno templo (foto 3) com a imagem do venerável Guru, recebeu parte do grupo (foto 4) e sem saber promovia uma benção divina final desta aventura de mais de 40 dias para muito de nós.
Fizemos o nosso último almoço no restaurante italiano em que a comida é muito apreciada e voltamos ao Hotel para organização da bagagem e retorno. Antes disso, muitos foram até à margem do Ganges, (foto 4) a exemplo de muitas pessoas, já com o sol quente e sem vento frio para o último contato com as suas águas sagradas. (foto 5) Segundo as crenças, quem banha nas águas do Ganges, a Deusa Ganga, quem o protege, retira das pessoas conteúdos cármicos (lei de ação e reação), deixando-as mais equilibradas e evoluídas espiritualmente. O tempo bom permitiu ousar mergulho nas águas geladas nascidas nos Himalayas. (foto 6)
Automóveis carregados, retornamos à cidade de Haridwar, onde voltaríamos de trem para Nova Delhi. Antes fizemos uma parada no famoso Gath Har-Ki-Pauri, (foto 7) onde muitos renunciantes e peregrinos tomam seus banhos no Ganges todos os dias. (foto 8) Lá muitos de nós fizemos oferendas a Ganga, em barquinhos carregados de flores. (foto 9). Uma despedida merecida depois de tanta experiência material e espiritual nestes 43 dias de Índia.
Har-Ki-Pauri foi um Gath proibido a ocidentais até pouco tempo, por isso, quando perambulamos por lá, somos alvo de muitos indianos: alguns nos admirando (foto 10) e outros olhando com desconfiança. Haridwar é uma das 4 cidades da Índia onde ocorre o festival Kumbh Mela, que ocorre de 12 em 12 anos, conforme a conjunção de astros que segundo o conhecimento védico potencializa a capacidade de meditação e comunhão com os Deuses que protegem Mahabharata e todo o Planeta. Ficamos imaginando como deve ser a explosão de fé neste tipo de festa, pois o que observamos já nos arrepiou de emoção.
De volta ao trem, fizemos uma boa viagem, novamente com bastante lanche. No Hotel arrumação das malas, pois amanhã é dia de retorno para o Brasil.
Já sentimos um friozinho na barriga, chegamos de uma forma, voltamos de outra, sabe-se lá a dimensão de todas as experiências vividas por aqui, refletindo pelo resto de nossas vidas, ai no Brasil.
Amanhã relataremos o nosso último dia aqui!

DIA 12/02/2009 – UM DIA DE GRANDE SURPRESA – OS HIMALAIAS – 42º DIA














O dia amanheceu com vento, a madrugada foi bem fria, mas o céu se apresentava bem azul! A visão de Rishikesh, particularmente nas proximidades da ponte Lakshman Jhula era linda. (foto 1)
Uma parte do grupo procurou saber se seria possível, próximo a Rishikesh, avistar alguma parte da grande cadeia montanhosa dos Himalayas. O recepcionista do Hotel, Bobbie, indicou que viajássemos em torno de 75 quilômetros até a cidade de Mussoorie, passando pela capital provisória do recém criado estado de Uttaranchal, chamada de Dehradun. Por 2.500 rúpias (em torno de 125,00 reais), um motorista conduziu 6 pessoas, do grupo de 16, (o restante do grupo optou por permanecer em Rishikesh fazendo compras e visitando os pontos turísticos), para o passeio rumo aos Himalayas.
O trajeto é bem interessante, saímos (foto 2) de uma das imensas planícies indianas, passamos pela capital do novo estado que parece ser um centro de pesquisas científicas voltadas à produção. Vimos mais uma vez, o ritual público de casamento em que o noivo em traje rico e cavalo deslumbrante é acompanhado de banda e à medida em que passam recebem donativos para que os noivos tenham vida próspera.(foto 3).
De repente começamos a avistar montes nevados e uma estranha cidade literalmente “dependurada” nas montanhas. A subida é bastante excitante, pois a estrada nunca para de fazer curvas, estávamos subindo aos céus. (foto 4) O motorista parou em um ponto da cidade, onde não é possível continuar com automóveis de turismo, apenas os da cidade mesmo. E ao descermos um impacto de estar numa cidade de aparência bem interiorana com placas escritas em Hindi e nada em Inglês. Dos telhados a água pingava e sabem de que origem? Do derretimento da neve. Como havíamos pego chuva e frio, tivemos a sorte de pegar o alto das montanhas e telhados das casas abarrotados de neve (foto 7). Queríamos almoçar em lugar aprazível e com vista das montanhas e da neve, indicaram um mirante que nunca chegava. Os indianos têm hábito de dizer que as coisas são perto, e para o estrangeiro desavisado, anda se muito. Procuramos um táxi e nada! A maioria das pessoas não conseguiam comunicar-se em inglês. Até que o senhor de mais idade, conseguiu-nos um automóvel tipo Brasília e nele nós 6 entramos pra uma grande aventura até o tal mirante.(foto 5) foi um momento de muito riso, pois experimentamos conosco o hábito indiano de ficar com os rickshaws lotados.
O automóvel ia até o ponto onde tivemos a informação de um restaurante, que na verdade mais era um boteco e o nome que ouvíamos não era do restaurante, mas do proprietário, com quem tiramos uma foto! (foto 6) Sem almoço, apelamos para uma batata frita e refrigerante e encantados com a paisagem nevada fomos em direção ao tal mirante para os Himalayas, que duvidamos existir... risos...
Mas só fato de brincarmos com a neve (foto 8) e ver a vegetação alterada para arvores tipo de pinheiros (típica de clima de altitude e de altas latitudes), já valia a pena.
De repente um susto carregado de emoção. À nossa frente, uma construção na forma de mirante, com direito a binóculo de longa de longa distância, apontava para o horizonte, onde intocável e divinamente presente, descortinava-se para nós os grandes montes dos Himalayas, como uma espécie de fortaleza. (fotos 9, 10 e 11)). Todos ficamos muito tocados pela paisagem e a vontade era de permanecer ali por um bom tempo. O local é chamado de Landour e era utilizado pelos ingleses para viajar as fronteiras da colônia. Estávamos a 2.280 metros em relação ao nível do mar. Em Rishikesh estávamos a mais ou menos 600 metros em relação ao nível do mar, por ai percebe-se a altura que tivemos de percorrer para esta sagrada visão. Agradecemos a Deus pela oportunidade e pela beleza do dia e do lugar e voltamos para o centro da cidade onde o motorista nos aguardava. Descemos encantados com aventura e para fechar o dia, visitamos o maior templo do budismo tibetano dentro da Índia. (foto 13). Uma imensa estátua de Buda abençoa os visitantes (foto 12) e tivemos a sorte de sermos abençoados pela meditação que transcorria no templo budista (foto 15) em que se reverenciava a um grande espírito budista que eles acreditam proteger a todos que ali estavam presentes. A imagens dos monges que vestes vermelhas a vinho, (foto 14) ficaram inesquecíveis em nossas mentes. Era hora de voltar para o Hotel... contamos as novidades ao grupo que ficou e que se encontrava em nosso point do Café internet e tivemos uma maravilhosa noite de sono.

DIA 11/02/2009 – VIVENDO RISHIKESH – 41º DIA



Rishikesh se tornou uma cidade famosa mundialmente, principalmente porque foi nela que um famoso Guru da década de 1960, Swami Sivananda, construiu o Ashram sede da Divina Sociedade da Vida (Divine Life Trust Society). Sivananda foi um grande divulgador dos princípios de Yoga e Meditação em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos da América do Norte, quebrando a lógica da cultura do consumismo e materialismo, criando no mundo todo ashrans com os princípios defendidos por aquele homem santo. Além disso, o Swami Ramakrishna, levou os membros do famoso grupo de rock inglês Beatles, para suas iniciações em Yoga nesta cativante cidadezinha. Por isso e por toda a força espiritual do lugar, se tornou um centro de peregrinação de pessoas do mundo inteiro. Em particular os Brasileiros tem descoberto a cidade para fazer cursos de Yoga e Ayurveda. Encontramos muitos de nossos compatriotas nesta terra de Mahabharata.
O dia amanheceu bem nublado e com frio intenso. Todos empacotados, duplas e trios construíram seus próprios trajetos, compras, caminhadas, etc. A ordem era descobrir a cidade. (foto 1)
Uma visita ao Ashram de Sivanda é obrigatória (margem direita do Rio). Lá existem templos, livrarias, bibliotecas e alojamentos para visitantes e para a equipe que conduz os trabalhos sociais da Divine Life Trust Society, iniciados pelo venerável Sivananda. (fotos 2 e 3)
É emocionante ficar beirando o Rio Ganges e avistar as pontes suspensas sobre aquelas águas sagradas. (foto 4 e 6 )
Ao atravessar a ponte (que balança sob o vento forte do canal do Rio Sagrado) vem a emoção de ver materializada à nossa frente tantos templos de demonstração de fé e reverência aos Deuses. Conforme muito divulgado entre os turistas, é preciso ter cuidado com os pertences de mãos, pois os companheiros macacos (risos...) possuem um hábito nada bom de tomar as sacolas das mãos de turistas. Presenciamos a cena (foto 7) que nos acometeu de risos e medo ao mesmo tempo... os danadinhos fazem suas artes e não é possível sentir raiva, mas encantamento com cena tão exótica, afinal quem invadiu o espaço deles, foi nós.
Ao transitar pelas vielas dos ashrans da margem direita do Rio Ganges, o contato com renunciantes, monges, peregrinos é emocionante. (foto 5 mostra um renunciante na ponte Rama Jhula). Seduz também as inúmeras lojinhas com cd de mantra e música devocional indiana, que são magníficas, cheiro de incensos, tecidos maravilhosos, estátuas em bronze, madeira, livrarias, restaurantes, enfim, uma riqueza de artesanato, impossível de passar sem parar para admirar.
Almoçamos em charmoso restaurante de comida italiana, (foto 8) bem próximo ao famoso Ashram Parmath Nicketan,(veja nas fotos 9 e 10) os portais de entrada onde dentre várias obras sociais, crianças e adolescentes estudam a cultura védica (foto 11) e todos os dias às 18 horas realizam o Arati (Cerimônia do fogo) que purifica altares e deidades e expande esta energia aos participantes. (fotos 12 e 13) O Ashram transmite imensa sensação de paz, bem como os jovens que promovem os cantos coletivos dos mantras (foto 14) de frente a grande estátua do Senhor Shiva que repousa serenamente sobre o Ganges. (foto 15)
“Alma lavada”, (foto 16) voltamos para o Café Internet próximo ao Hotel e lá terminamos a noite comentado a experiência mística de participar do Arati do Parmath Nicketan.

OM NAMAH SHIVAYA ! (Eu reverencio ao Senhor Shiva o seu poder de transformação)
Até amanhã!